quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Onde os fracos não têm vez (2007)

Lewellyn é um soldador veterano da Guerra do Vietnã que faz alisamento japonês e se vê envolvido em um jogo de gato e rato após encontrar uma maleta cheia de dinheiro no meio do deserto. Ele passa a ser perseguido por Chigurh, um assassino em série com paralisia facial que freqüenta o mesmo salão de beleza que ele, e que aniquila suas vítimas utilizando uma combinação de tanque de gás comprimido e mini-metralhadora, sem dó nem piedade. Lewellyn tem uma mulher, que não acrescenta nada à história, assim como a mãe da mulher, que morre de câncer após ter tapado um medonho buraco no roteiro. Mas se você pensa que esses personagens são superficiais, espere até conhecer o xerife Tommy 'pessoal, nós não temos base suficiente para cobrir todas essas olheiras' Lee Jones, que começa narrando a história e termina narrando a história, em uma cena final tão inesquecível que, quando eu fui olhar o relógio pra ver se o filme tava acabando, a tela ficou preta e os créditos apareceram.
No meio disso, muitas cenas extasiantes de perseguições envolvendo pitbulls e camionetes de traficantes de drogas mexicanos estão ao seu dispôr, intercaladas com diálogos inesquecíveis, com destaque especial para "se eu não voltar, diga para a mamãe que eu a amo" "mas a sua mãe já morreu" "então eu mesmo direi". Pretensioso? Bastante. Auto-indulgente? Sim, senhor, senhor. Não sei quem merece mais uma estatueta dourada: o cara que possui cinco falas durante o filme todo e sofre do mal supracitado ou os irmãos que conduziram esse exercício de masturbação mútuo-cinematográfica a quatro mãos. Que rufem os tambores.

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